Braskem reativa planta de cloro e soda cáustica que registrou acidentes

10/06/2011 13:42

A Braskem informou ontem que sua fábrica de cloro e soda localizada em Maceió e que registrou dois acidentes há cerca de 20 dias está voltou a operar. A empresa afirmou em nota que a planta ficou em "condições de operação e que foram implementadas, com o apoio técnico da consultora internacional DNV (Det Norske Veritas), medidas adicionais de segurança para eliminar as causas dos eventos ocorridos nos dias 21 e 23 de maio."

Segundo a empresa, a planta foi inspecionada e a implementação das medidas adicionais de segurança foi constatada pelo Juiz da 2ª Vara do Trabalho, Procurador do Ministério Público do Trabalho, Auditor Fiscal do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e

 

Emprego, Sindipetro, Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Comissão dos Trabalhadores.
Procurada pela reportagem do DCI, a Braskem não respondeu ao pedido de entrevista para comentar a retomada da planta, que fornece dicloroetano (DCE), matéria-prima para a fábrica de PVC da empresa a poucos quilômetros da unidade acidentada, no Município de Marechal Deodoro (AL).

À época, o diretor de Relações Institucionais da empresa, Marcelo Lyra, havia afirmado que a fabricação da resina, amplamente utilizada para a produção de tubos para a construção civil, entre outras aplicações, não seria prejudicada. A Braskem utilizaria seu estoque durante a paralisação e, se necessário, recorreria ao mercado interno e externo para atender a demanda da unidade.

Déficit
A balança comercial do setor químico chegou a US$ 9,3 bilhões negativos, no período compreendido entre janeiro a maio, valor 28,4% superior ao do mesmo período de 2010. O dado foi passado pela Associação da Indústria Química (Abiquim). Nos últimos 12 meses, de junho de 2010 a maio de 2011, o déficit acumulado é de US$ 22,7 bilhões, acima da projeção da entidade para o final do ano.

Em maio, o Brasil importou US$ 3,6 bilhões em produtos químicos, valor recorde para o ano. O crescimento nas compras externas é de 7% frente a abril e de 33,5% na comparação com maio de 2010. De janeiro a maio, foram importados cerca de US$ 15,4 bilhões, 24,3% mais do que no mesmo período do ano passado. As exportações brasileiras de produtos químicos alcançaram US$ 1,4 bilhão em maio, o que representa crescimento de 20% em relação a abril e de 32,4% ante maio de 2010. Até maio, as vendas externas somam US$ 6,1 bilhões.

 

Fonte: Panorama Brasil