Entenda como foi a ação dos Bombeiros no local da queda do avião em Recife

14/07/2011 22:50

As equipes do Corpo de Bombeiros foram uma das primeiras a chegar ao local do acidente com o avião da Noar, que caiu na última quarta (13), em Boa Viagem, no Recife, e resultou na morte de 16 pessoas: 14 passageiros e dois tripulantes. Na área, encontraram destroços, a aeronave pegando fogo e perceberam que era impossível que houvesse sobreviventes, pois o bimotor caiu de bico, o impacto foi muito forte e ainda ocorreram explosões.

O assessor do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Valdy Oliveira, disse como foi o trabalho dos Bombeiros ao chegar ao local da queda do avião. “Foi um combate ao fogo especial, em que não se combate com água e sim com espuma química. Por isso, foi utilizada uma viatura da Infraero, pois o Corpo de Bombeiros também trabalha no aeroporto. Tentamos o mais rápido possível apagar as chamas para evitar o mal maior e até salvar algumas pessoas, mas infelizmente não houve sobreviventes”, contou.

Segundo o tenente-coronel, a retirada do corpo das vítimas entre os destroços do avião foi complicada. “Houve dificuldades, pois muitos corpos estavam nas ferragens e tivemos que usar equipamentos hidráulicos e mecânicos para fazer a retirada das ferragens e retirar essas vítimas”, afirmou.

Valdy Oliveira disse ainda quantos minutos após a queda do avião foram necessários para as equipes dos Bombeiros levaram para chegar ao local do acidente. “Em torno de quatro a cinco minutos, nós chegamos com o aparato de 11 viaturas e 45 homens. Mas o poder calorífico na hora era muito grande, então dificilmente encontraríamos alguma pessoa com vida”, contou.

Nesta manhã, seis policiais militares fazem a segurança do local e estão orientados a não permitir que ninguém se aproxime. O cordão de isolamento protege alguns pedaços menores da fuselagem e objetos dos passageiros - as partes essenciais foram todas retiradas por peritos da Aeronáutica.

O ACIDENTE
O bimotor L410 fazia a linha Recife/Mossoró, com escala em Natal e caiu às 6:55 da última quarta-feira (13), quatro minutos depois de decolar do Aeroporto Internacional dos Guararapes. Eram 6:51 quando o piloto informou à Torre de Controle que estava em situação de emergência em situação e tentou fazer pouso forçado, caindo em terreno baldio próximo ao Hospital da Aeronáutica e localizado a 4 km do aeroporto e a 100 metros da praia de Boa Viagem. O acidente com a aeronave da Noar Linhas Aéreas não deixou sobreviventes: morreram os dois tripulantes e os 14 passageiros.

Os corpos das vítimas foram encaminhados para o Instituto de Medicina Legal (IML), em Santo Amaro, no Centro do Recife, onde são feitos os trabalhos para identificação dos cadáveres. Os peritos trabalham na identificação por meio de comparação: exame odontológico, de DNA ou por impressão digital, entre o material dos mortos e de seus parentes. Como Pernambuco não possui um laboratório especializado, os testes de DNA serão feitos em Salvador (BA). Quinze dias é o prazo máximo que a Polícia Científica de Pernambuco espera concluir todas as etapas do trabalho de identificação.