Excesso de pressa prejudica 30% dos trabalhadores brasileiros
Ter pressa de vez em quando, para comparecer a um compromisso urgente, é normal. Mas, quando a corrida contra o relógio vira rotina, é sinal de alerta.
Essa sensação de ser atropelado pelo tempo atinge 30% dos trabalhadores brasileiros. E o comportamento de estar sempre atrasado pode prejudicar o sono, a sede, a temperatura corporal, a frequência cardíaca, a pressão e até a respiração.
Para comentar o assunto, o cardiologista Roberto Kalil e o psiquiatra Luiz Vicente Figueira de Mello, do Hospital das Clínicas de São Paulo, estiveram presentes no Bem Estar desta terça-feira (23).
Eles explicaram por que a pressa deixa as pessoas mais competitivas e agressivas, inclusive no trânsito, e como relaxar em meio a essa constante luta com as horas.
E esse não é um problema exclusivo de metrópoles como São Paulo. O repórter Renato Biazzi foi até Goiânia para ver como as pessoas lidam com a pressa e as tarefas diárias.
É possível identificar se esse comportamento está passando dos limites. Se você faz tudo correndo (come, fala, anda, dirige e dorme), faz várias coisas ao mesmo tempo, é muito impaciente (não aguenta ouvir alguém falando sem interrompê-lo, não sabe esperar ou não tolera quem vive com você), tem excesso de competitividade (perde o controle facilmente e parte para o ataque) e de agressividade, cuidado: é preciso se acalmar.
Algumas dicas importantes para melhorar são: priorizar o que é realmente importante; dizer não para pedidos impossíveis; fazer pausas, meditação, orações, leituras, caminhadas e exercícios leves; e falar sobre os problemas.
Os especialistas também recomendaram fazer uma lista com as atividades necessárias e dividi-las ao longo do dia e da semana.
Segundo o psiquiatra, a pressa e a ansiedade podem ser uma tendência familiar e, ainda, um comportamento estimulado pelo meio em que se vive.
A pressa e o estresse desorganizam o corpo e aumentam a ansiedade futura.