Fraturas decorrentes de acidentes lideram as causas de afastamento
Chefe dos médicos peritos da Gerência Regional do INSS em Uberaba, Paulo Roberto Borges destaca três tipos de doenças que mais causam afastamento do trabalho em Uberaba, hoje. Em primeiro lugar, estão, geralmente, as fraturas decorrentes de acidentes. Em segundo, aparecem as doenças osteomusculares ou lesões por esforço repetitivo (LER), como dor nas costas (lombalgias), tendinite ou hérnia de disco, entre outras. Por último, mas não com menos frequência, surgem na lista os transtornos mentais, entre eles depressão e esquizofrenia.
Embora o município conte hoje com 75 mil beneficiários de aposentadorias e auxílio doença por invalidez, o número é menor do que as três causas citadas, como as doenças osteomusculares, que são causas de afastamento temporário, em média, entre 25% e 40% dos casos em Uberaba.
O perito explica que a lesão por esforço repetitivo está especialmente ligada ao pescoço, aos ombros, cotovelos, pulsos, nervos e músculos em membros superiores, comprometendo força e mobilidade das partes atingidas. “As lesões bem diagnosticadas podem ter cura com tratamento dentro de 15 ou 45 dias, mas o ideal é tratar o posto de trabalho, já que a maioria não oferece a estrutura e organização adequada à função exercida, o que compromete a saúde do trabalhador, gerando a postura inadequada, movimentos repetitivos e com vibração sem a pausa necessária, ou até mesmo com pressão psicológica sobre a produtividade”.
Entre os problemas mais comuns, ele relaciona a bursite no cotovelo, devido à pressão que se exerce sobre ele quando é colocado sobre superfície para apoiar o peso do corpo; lesões nos dedos, pulsos e mãos. “Como o dedo em gatilho, nos profissionais que apertam alicates ou tesouras, as tenossinovites, inflamações nos dedos quando o trabalho exige ficar apertando botão com o polegar, digitação e clicks com mouse, e tendinites em pessoas que carregam pesos sobre costas ou ombros”, destaca Borges.
No caso dos acidentes, as principais ocorrências são fraturas, problemas que poucas vezes são configurados como acidentes de trabalho, mas que acabam sendo responsáveis por afastamentos de cerca de um mês ou, algumas vezes, até mais, conforme a gravidade, além das condições de saúde e recuperação do paciente.
Fonte: www.jmonline.com.br