Incêndio em galpão da Cianê pode emperrar Fatec

11/10/2011 19:17

O incêndio que destruiu um galpão da antiga fábrica de tecidos Cianê-Matarazzo, nos Campos Elíseos, zona Norte de Ribeirão, no último sábado (8) pode atrasar a instalação da Fatec (Faculdade de Tecnologia de São Paulo) no local.

O Centro Paula Souza confirma que terá de refazer o projeto arquitetônico, redefinir as datas de início das obras e mudar até mesmo a previsão de implantação.

O órgão afirma que aguarda laudo técnico de engenharia, além da definição da prefeitura e do Conpacc (Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural do Município) sobre as condições do galpão atingido pelo fogo, já que o prédio é tombado como patrimônio histórico desde o ano passado.

O engenheiro da Secretaria de Obras, Odmar Branchini, disse nesta segunda-feira (10) que a prefeitura não tem condição técnica para elaborar o laudo sobre possíveis danos no restante do prédio.

Para o Centro Paula Souza, uma hipótese é a demolição de toda a estrutura antiga e a abertura de espaço para nova edificação. A outra alternativa é a manutenção do primeiro pavimento do prédio.

O coordenador técnico do Paula Souza, engenheiro Rubens Goldman, afirma que entregaria dentro de 15 dias o projeto arquitetônico, no qual envolve todo o layout da Fatec, para a prefeita Dárcy Vera (PSD). "Vamos ter de aguardar um pouco porque mudou toda a situação. É preciso saber a possibilidade de construir no mesmo local ou numa área anexa."

Goldman diz que o projeto estava sendo desenvolvido mantendo a maior parte das características do prédio histórico. "Não perdemos o trabalho, mas teremos de readequá-lo."

Sem qualquer ameaça

A secretária da Cultura, Adriana Silva, afirma que a vinda da Fatec para a Ribeirão não fica ameaçada com o incêndio. Segundo ela, o caso pode exigir apenas uma nova negociação.

"O laudo técnico sobre a estrutura restante é fundamental para prosseguir com o projeto de instalação da Fatec e estabelecer conversa com o Conpacc."

A secretária afirma que se o laudo técnico apontar que o incêndio não danificou o térreo do galpão será possível até mesmo usar a parte superior.

Adriana Silva também não descartou a hipótese de o município contratar um técnico ou empresa para avaliar o estrago.

Fonte: EPTV.com