Marítimos em Salvador são obrigados a dobrar e ainda dormem no chão
Salvador - Funconários da concessionária paulista TWB, pincipalmente os marítimos, se dizem indignados com as precárias condições de trabalho a que estão submetidos diariamente. Como a TWB não tem tripulação suficiente para manter sete navios em operação, eles são obrigados a dobrar a jornada de trabalho, colocando em risco até a segurança dos navios e dos usuários.
"Estamos sendo obrigados a dobrar a jornada e praticamente não dormimos. Os navios não dispõem mais de acomodações para todos os tripulantes (oito em cada ferry) e temos que descansar em cima das cadeiras do salão de passageiros ou mesmo no chão. A TWB não oferece sequer um colchonete", revelou um marítimo em contato por telefone com o JORNAL DA MÍDIA.
Nos ferries, a TWB só disponibiliza alojamentos para o comandante e o chefe de máqunas, o que vai de encontro às normas da Capitania dos Portos.
"Às vezes o navio só deixa de operar às 2 ou 3 horas da manhã. O marítimo que estiver dobrando tem que acordar às 4h para as 5h está pronto para trrabalhar de novo. Não tem trabalhador que suporte. Isso é um risco para a segurança, só que a TWB não se importa e faz o que quer porque só interessa à empresa faturar e não oferecer condições dignas de trabalho ao seu pessoal. E pouco se importa com a segurança", completou.
A jornada da TWB é de 24 horas seguidas de trabalho por 48 horas de folga. Como não tem tripulação suficiente, a empresa obriga a duas turmas de marítimos, diariamente, a dobrar.
"O mais estranho é que a Delegacia Regional do Trabalho sabe da rregularidade e não toma qualquer providência. E a Capitania dos Portos sabe também que dormimos no chão ou em cima de cadeiras, o que é irregular. Já procuramos a Agerba, que também nada resolve. A falta de respeito é total".
Fonte: Jornal da Mídia