Técnico em Segurança do Trabalho: uma área em expansão
RIO - Uma área profissional que não pode reclamar de estagnação é a de petróleo e gás. De acordo com o ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, o país produzirá cerca de 5 milhões de barris de petróleo diariamente até 2019 e, nos próximos 10 anos, deve duplicar a produção nacional. Existem alguns ramos profissionais que são extremamente necessários para o segmento e, por isso, crescem junto com ele. A segurança do trabalho é um exemplo.
— A atividade do petróleo e gás apresenta elevado grau de risco, o que pode resultar em acidentes do trabalho. A qualificação dos funcionários que realizam essas atividades tem o objetivo de minimizar tais ocorrências. Quem está nessa área tem a função de identificar previamente, através de levantamentos, os riscos e, assim, prevenir acidentes dentre os colaboradores em cada posto de trabalho — explica Bárbara Amorim, professora da Petrocenter, escola de capacitação em Petróleo e Gás.
A qualificação necessária para os interessados na área são listadas por Márcia Dórea, supervisora técnica de Petróleo e Gás do Centro de Referência do Senai:
— Engenheiros com especialização em segurança do trabalho e técnicos de segurança são os profissionais que atuam na área. A legislação determina que determinadas empresas, dependendo do número de empregados e do grau de risco apresentado, tenham em seus quadros essas pessoas. Por isso, a profissão é essencial.
Veja opções de cursos técnicos na área de segurança do trabalho
A vantagem dos cursos técnicos são a sua breve duração e a inserção rápida no mercado que elas podem propiciar. Necy de Souza, técnico de segurança do trabalho em uma empresa que presta serviços a Petrobras, fez essa escolha:
— Antes era técnico em contabilidade, mas vi o crescimento das áreas afins ao petróleo e gás, e, por isso, busquei algo que me identificasse nesse setor. Escolhi a segurança de trabalho e, em apenas três meses de formado, já estava empregado. Desde então, em 2007, já passei por outras empresas, sempre buscando e conseguindo salários melhores - afirma Souza, de 31 anos, que se qualificou no Senac.
Não apenas Souza vem enxergando o potencial da área, é o que afirma José Cirillo de Oliveira, especialista do Senac-Rio em segurança do trabalho.
— Este é o nosso curso mais procurado. O cargo está sendo extremamente demandado e existe uma carência de profissionais qualificados. Por isso, quem se interessar por essa área precisa saber que estudar é essencial — afirma o especialista, que diz que o piso salarial inicial da profissão de técnico é em média de R$ 1.100, podendo chegar a R$ 7.000, conforme o aperfeiçoamento e tempo de carreira do profissional.
Samuel Pinheiro, diretor da Petrocenter, reitera a fala de Oliveira:
— Até 2020, a previsão é de que a Petrobras inaugure novos postos de trabalho, o que significa um cenário em expansão das contratações. Todos têm que estar preparados para isso.